Tal cenário representa uma oportunidade para a área de serviços automotivos, que evidentemente tem o compromisso de manter os padrões de qualidade e segurança adotados pelos segmentos produtivos da cadeia, que contemplam das montadoras aos fabricantes de matéria prima, passando pelos sistemistas e o restante da cadeia.
Fato é que o mesmo rigor de exigências deve chegar às concessionárias, lojas de autopeças e Centros de Reparação. A sensibilidade dos gestores desta área de serviços automotivos precisa ser aguçada para ao mesmo tempo acompanhar as práticas dos segmentos produtivos para a qualidade e a segurança e atender as altas expectativas do cliente final, ou seja, do consumidor.
Neste sentido, é preciso intensificar, com urgência, o movimento para a implantação de um padrão de qualidade em toda a cadeia automotiva. Pensando nisto, o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, com o apoio do Sindirepa, desenvolveu um trabalho para avaliação e certificação voluntárias das oficinas de reparação. O Instituto entende que a certificação da qualidade é um método robusto e seguro para aprimorar negócios e aumentar a satisfação dos consumidores.
Nesse setor, toda oficina com pelo menos três funcionários pode ser certificada. O foco é aprimorar e melhorar continuamente os processos, dar suporte técnico aos gestores para que adotem conceitos de empresa na administração de seus negócios e, assim, tenham todo o controle dos processos.
Uma vez certificada, a oficina colhe resultados – que não são poucos – como o aumento da satisfação dos clientes; a redução dos custos via eliminação dos desperdícios, sejam de tempo, material, mão de obra ou fluxo de trabalho; a ampliação das possibilidades de permanência no mercado; e a maior interação e o comprometimento da equipe.
Mesmo não sendo obrigatória, a certificação é instrumento de segurança para o cliente porque atesta a qualidade dos serviços, afinal toda oficina certificada passa por uma avaliação bem ampla de um órgão imparcial, idôneo e competente sobre todos os pontos de gestão e organização da empresa, o que possibilita ao gestor ter o controle das informações.
Ter processos adequados é diferencial para a empresa não somente se manter no mercado, mas fisgar novos negócios uma vez que a oficina certificada pode prestar serviços para grandes empresas e órgãos públicos. Dessa maneira, a certificação é vista como passaporte para um mercado mais maduro.
O dono do negócio precisa ter consciência porque a certificação voluntária depende muito de querer e acreditar. Além de vontade, precisa ter cabeça de administrador para conseguir enxergar todos esses benefícios. Com mais de 20 anos de experiência, o IQA sabe que os resultados aparecem à medida que os passos são realizados.
Ingo Pelikan é presidente
e Sérgio Fabiano é gerente de Serviços Automotivos
do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva