Iniciativa busca ratificar a importância do tema para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e da sustentabilidade das cidades inteligentes
A ONU estima que mais de 55% da população mundial viva em grandes centros urbanos atualmente e que esse número chegue próximo aos 70% em 2050. Para que esta mudança ocorra da forma mais suave possível, é necessário que as cidades, que hoje ocupam menos de 2% do globo, se adaptem em seus mais diversos aspectos, sendo a mobilidade um dos seus principais fatores, com automóveis conectados, cidades inteligentes e a iminente chegada do 5G.
É dentro deste contexto que surge o terceiro pilar do projeto iQMX, lançado pelo IQA- Instituto da Qualidade Automotiva, (entidade sem fins lucrativos que visa o desenvolvimento e a disseminação da Qualidade no Setor da Mobilidade, com objetivo de proporcionar mais segurança ao consumidor, a partir de produtos, sistemas e pessoas por meio de certificações compulsórias ou voluntárias), que passa a acompanhar todas as ações do Instituto voltadas à inserção da Qualidade dentro dos novos conceitos que impactam as sociedades modernas, voltadas ao compartilhamento de bens, maior sintonia ambiental e preocupações relacionadas ao bem-estar e a conectividade instantânea.
“Dentro desse contexto, ampliamos nossas atividades e serviços para atender as novas exigências do mercado”, afirma Cláudio Moyses, diretor-presidente do IQA. “O horizonte é estabelecer em médio prazo um rol de possibilidades absolutamente novas e diversificadas, alinhadas com os novos desafios que o setor enfrenta, inclusive a lógica de mobilidade”, completa.
Mais do que se deslocar do ponto A para o ponto B, o conceito de mobilidade inteligente e sua aplicação prática no dia das pessoas e das cidades se tornou cada vez mais presente no reposicionamento do setor automotivo diante das velozes mudanças que impactaram à sociedade, aceleradas pela crise sanitária mundial da Covid-19.
O conceito amplia o debate até então focado na expressão “deslocamento” para tratar de questões sobre acessibilidade internacional e local, sistemas de transporte modernos e sustentáveis e a disponibilidade de recursos providos pela tecnologia da informação e comunicação. Em uma visão mais abrangente de estudiosos da área, a mobilidade inteligente trata das soluções de deslocamentos suportadas pela coleta de dados disponíveis.
A tecnologia tem o poder de apoiar e transformar a forma como as cidades são pensadas. Com as redes 5G estando cada vez mais próximas da realidade do País, as cidades também passam a se tornar inteligentes, promovendo conectividade urbana, sustentabilidade e eficiência, além de criar novos empregos, novas indústrias e gerar benefícios econômicos.
O novo conceito de mobilidade também está diretamente relacionado à sustentabilidade e a tecnologia, tendo papel fundamental para a redução dos impactos ambientais nas diferentes formas de locomoção.
A sustentabilidade não está ligada apenas ao uso de veículos híbridos ou elétricos, mas também ao uso de diversas formas de locomoção e a maneira como as cidades se adaptam para receber essas mudanças, seja com semáforos inteligentes, faixas específicas para transporte público e carros híbridos ou com o estímulo a carona.
Ao introduzir o debate em torno de um conceito amplo de mobilidade, o IQA busca ratificar a importância do tema para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e da sustentabilidade das cidades inteligentes, focado na redução dos níveis de congestionamento resultantes da promoção do transporte público eficiente e de baixo custo, comercialização de serviços de locomoção por intermédio de dispositivos móveis e redução nos impactos negativos do deslocamento na qualidade de vida das pessoas.