Instituto da Qualidade Automotiva é visto como referência e também como fonte de informação no apoio para toda a cadeia automotiva
Tornar a mão de obra qualificada e servir como fonte de informação no apoio para o setor automotivo durante o processo de descarbonização. Esse é o papel que tanto Claudio Sahad, presidente do Sindipeças, quanto Marcus Vinicius Aguiar, vice-presidente da Anfavea, atribuem ao IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.
O discurso de ambos foi feito durante a abertura do 8º Fórum IQA da Qualidade Automotiva realizado na última terça-feira (20/9), no Centro de Convenções Milenium, na Zona Sul de São Paulo (SP), que discutiu a “Sustentabilidade ESG e Qualidade Automotiva: Mudanças na Cadeia de Valor e Percepções da Sociedade”.
“Nesse momento de mudança é necessária muita capacitação e dentro disso, o IQA é fundamental e nosso parceiro”, afirmou Sahad, que enfatizou que a entidade deve atuar como importante fonte de informação para os seus associados, para que possam se preparar e se atualizar.
Sahad também destacou a atuação do Sindipeças no apoio ao estabelecimento das regras do Rota 2030, e o trabalho da entidade na geração de recursos de PD&I, que permitem que empresas de pequeno e médio portes acessem esses recursos.
Em linha parecida, Aguiar falou sobre os desafios da reindustrialização que a descarbonização leva às empresas e destacou as várias rotas tecnológicas que têm sido adotadas no processo: propulsão elétrica, etanol, novas alternativas com biocombustíveis, diesel verde, hidrogênio, além de abordar as tecnologias de conectividade, automação, indústria 4.0, itens eletrônicos potencializados pelo 5G, e o controle da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
“Tudo isso demanda novos tipos de profissionais na indústria, com treinamentos mais complexos e de longa duração. Isso demonstra a importância do IQA na formação e capacitação da mão de obra não só para a indústria, mas para fornecedores, revendedores e prestadores se serviço no ecossistema automotivo”, discursou Aguiar.
O diretor-presidente do IQA, Claudio Moyses, por sua vez, vê a entidade preparada para assumir esse compromisso. “Sabemos que a lógica de desenvolvimento sustentável se manterá. Desse modo, estamos pensando, analisando e agindo de forma diferente, indo muito além do nosso papel de organismo de avaliação da conformidade, que foi a nossa responsabilidade durante toda a nossa existência. O evento demonstra a atualização do nosso portfólio e o desenvolvimento de novas atividades relacionadas à pauta”, disse.
Ao todo, o evento realizou seis painéis: impactos atuais e futuros da descarbonização e agenda ESG na qualidade do setor automotivo; métricas e relatórios de resultados – exemplos práticos de report para investidores, financeiras e outros; tendências futuras em sustentabilidade para qualidade no setor automotivo; impactos ambientais e mercadológicos do comércio eletrônico no pós-vendas automotivo; governança e qualidade em concessionárias: mudanças pela LGPD, tecnologia, sustentabilidade e na relação com clientes; modelo Regulatório, infraestrutura da qualidade e a sustentabilidade no setor automotivo.
Foram apresentados diversos pontos de vistas para todo o elo da cadeia automotiva: indústria, comércio e serviços, mas algumas conclusões foram consenso: a agenda ESG é uma prioridade estratégica dentro das empresas envolvidas no setor e além de contribuir em melhorias ambientais e sociais é fundamental para o êxito dos negócios.
O evento realizado pelo IQA contou com o patrocínio ouro da Umicore, Schulz e Zurich.