São Paulo, dezembro de 2016 – Com a redução dos quadros de funcionários, as empresas têm perdido importantes profissionais nas áreas de gestão da qualidade. Diante deste cenário, o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva recomenda cautela nas reestruturações porque o déficit de mão de obra para a manutenção do sistema da qualidade pode acarretar no descumprimento dos requisitos das normas e, por consequência, a opção pelo cancelamento das certificações.Neste momento, a indústria ainda enfrenta a transição das normas, que representa um degrau a mais para o gerenciamento dos negócios porque o envolvimento da alta direção passa a ser um fator mais efetivo. “A exigência da análise de riscos também pode ajudar as empresas a navegarem em tempos de crise, com a previsão de algumas ações e a criação de alternativas satisfatórias de gerenciamento”, afirma Mario Guitti, superintendente do IQA.
Além do risco de cancelamento das certificações, em caso de descumprimento dos requisitos das normas, há uma implicação ainda maior, segundo Guitti: a necessidade de recomeçar a organização do sistema de gestão, o que demanda grande esforço por parte das empresas. “Há também o risco da fabricação de produtos não conformes e o consequente aumento de refugos e perdas de produção, o que pode colocar o cliente em risco”, alerta.
Para o Instituto da Qualidade Automotiva, a indústria brasileira deve entender que toda crise é cíclica e passa, mas a qualidade dos produtos e o reconhecimento dos esforços ficam. “A empresa que mantiver seu sistema de gestão, investir em treinamentos e vencer a inércia inicial estará um ou dois passos à frente dos concorrentes. Tire o “S” da crise e crie para se manter competitivo”, recomenda Mario Guitti.